sexta-feira, 21 de abril de 2017

REBELDIA EVOLUÍDA - PROTAGONISMO JUVENIL

Rebeldia Evoluída é o nome de um projeto amplo, cuja proposição inicial foi da aluna Luana Cristina da Silva, da escola Profº Wilson Camargo da cidade de Americana/SP, com apoio do corpo gestor e docente da escola, em parceria com vários atores sociais e que visou principalmente o protagonismo juvenil, dentro da escola.

A aluna manifestou à Diretoria da Escola o desejo de realizar um evento que privilegiasse o grafite. Sugeriu o nome, a partir do qual iniciou-se uma discussão durante vários encontros realizados, abordando aspectos filosóficos e sociais, questionando-se se o nome Rebeldia Evoluída não seria inadequado a um projeto a ser realizado numa escola. Após vários encontros e adequações ao projeto inicial da aluna, resolveu-se optar pelo mesmo, por unanimidade.
A partir de então os encontros, incluindo alguns artistas de fora da escola, ocorreram sempre com a mediação do então diretor Sr. Claudino Filho e da mediadora Profª Udy Brambila, com intervenções da professora de filosofia Prª Cleide Aparecida da Silva Quintal, sob a coordenação pedagógica da profª Marlene Ap. Marques Celestrino.
Depois de meses de preparação o evento foi realizado compondo a programação diversos eixos temáticos: O Grafite, a exposição de artes visuais dos alunos da profª Elizabete Pazeto, a exposição de literatura da profª Ilma, o Skate, as rimas, números de dança, a ginástica rítmica, o le parkour (esporte de deslocamento que visa a superação de obstáculos), capoeira, poesia, balé, comes e bebes (bolos, refrigerantes, salgadinhos e sucos naturais preparados pelos alunos).
Algumas fotos do evento:

                                          Um dos painéis de grafite, este executado pelo artista
                                          americanense Smania

Aqui o início da exposição Era uma vez..., dos alunos da professora Elizabete Pazeto, que foi dividida também em eixos temáticos, sendo este primeiro o da "Poéticas Pessoais", onde os alunos se expressaram visualmente com aquilo que se identificam, e complementaram a visualidade com uma frase poética.






 Aqui o eixo que deu nome à exposição "Era uma Vez...". Trata-se de uma Instalação onde os painéis têm estudos de obras de vários períodos da história da arte, e sob eles as linguagens convergentes de cada período, em miniaturas impressas em papel reciclado. Optou-se aqui as convergências dos mobiliários, meios de transportes, e moda de cada época.










Sob os dois últimos painéis não havia miniaturas, apenas espelhos, numa referência à contemporaneidade, que nos reflete.

Na sequência veremos o eixo com a temática "Mãos que fazem, corpos que dançam", que resultou de um trabalho de pesquisa junto ao IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde os alunos identificaram patrimônios culturais imateriais registrados no órgão, e construíram uma narrativa visual de patrimônios listados nos saberes ( mãos que fazem), e nas formas de expressão e celebrações ( corpos que dançam), resultando em trabalhos harmoniosos que privilegiam a livre expressão, as cores, numa busca criativa para encontrar as formas perfeitas de expressão.


E, finalmente o quarto eixo da exposição "Um Menino que queria ser artista", uma homenagem ao artista Português Nadir Afonso. A partir dos estudos dos diversos períodos da obra do artista, que transitou no modernismo, no surrealismo, no abstracionismo geométrico, nas formas fractais, organicistas e antropomórficas, os alunos criaram seus próprios trabalhos que se refletiram em outras formas, sem fugir dos períodos relacionados.
Como não conseguimos fotografar este eixo, seguem alguns trabalhos realizados.







Bem, como dissemos,  o evento reuniu diversas formas de expressão:

O Grafite

A Dança Contemporânea

O Balé

O Le Parkour

A Dança da Rua



Alunos em criação no recinto da festa


Alunos, gestores, artistas, comunidade, juntos num trabalho criativo e solidário.


 Que outros eventos como este venham a abrilhantar nossas escolas. Que este seja apenas o começo de um outro olhar para o espaço escolar, que as políticas se voltem para a necessidade de integrar a escola à vida...E, não precisa muito, apenas vontade.
Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar a todos que participaram do evento, tanto na criação dos trabalhos, das apresentações, como em sua gestão, em especial ao Sr. Claudino, ex diretor da escola que, mesmo afastado de suas atividades como diretor, acreditou no projeto e alinhavou-o em todas as suas vertentes, valorizando cada participante individualmente e em seu coletivo. Sem esta "coesão" o projeto jamais teria saído do papel. 







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