terça-feira, 1 de agosto de 2017

A ARTE CONTEMPORÂNEA É RUIM?

Com esta pergunta damos início à nossa caminhada nesta Escola.
Será uma caminhada em conjunto, onde todos os atores (Alunos e Professor) serão peças fundamentais e construtores do aprendizado. Vamos APRENDER A APRENDER.

Vamos construir um pensamento crítico e reflexivo, ao mesmo tempo que iremos nos aprofundando na Arte Contemporânea, ou seja: A Arte do Nosso Tempo.

Algumas vezes teremos que retornar nessa Linha do Tempo para poder compreender como conseguimos chegar até aqui, porque a arte não é algo "separado" da vida, do cotidiano, ela é a própria vida e o próprio cotidiano. Muito do que conhecemos hoje sobre a trajetória humana é graças aos registros da Arte. Num tempo em que não existia fotografia, nem sequer a escrita, como na Pré História, por exemplo, é justamente através da Arte Rupestre que temos alguns indícios do que ocorreu!

Por exemplo, neste vídeo que veremos em seguida, o Artista e Ilustrador Robert Florczak da Prager University, nos fala da Mona Lisa, que todos conhecem e sabem que é uma Obra espetacular de Leonardo Da Vinci, datado seu início de 1503. 

Olhando para esta obra, não é possível detectar algumas informações importantes da época? Estilo de vestimenta, estilo pictórico do artista, modo de se apresentar de uma dama renascentista.
Se fosse hoje, muito provavelmente a Mona Lisa poderia ser representada desta forma:


Apenas através destas duas imagens, já não é possível detectar algumas mudanças no pensamento e costumes humanos?

Bem, mas vamos seguir em frente! 
No vídeo nos são apresentadas obras emblemáticas da História da Arte ( que se confundem com, e são, a própria história da humanidade). Além da Mona Lisa ele nos fala da "Moça com Brinco de Pérola", uma obra de Johannes Wermeer, datada por volta de 1665.


E da Escultura de Michelangelo, datada de 1498 a 1499, a Pietá


O Professor compara estas e outras obras clássicas, com algumas criações contemporâneas como
a Santíssima Virgem Maria de  Chris Ofili


Onde a virgem Maria aparece retratada com uma feia aparência, envolta em fezes de elefante e genitais femininos em colagem, recortados de uma revista pornográfica. Esta obra causou muita polêmica em sua exposição num Museu do Brooklin, em Nova York - USA. Quem quiser ver maiores detalhes sobre a polêmica visite este blog

Robert Florckzack mostra também uma Escultura de Marcel Waldorf, um artista de 31 anos, que no ano de 2010 ganhou um premio de mil euros com a obra "PETRA", onde retrata um policial fazendo xixi.

Mas será que só de obras ruins é feita a Arte de Nosso Tempo? Estas obras apresentadas pelo Sr. Florczak, são mesmo ruins? Não estariam estas obras tentando nos mostrar alguma coisa? Quais códigos teremos que desvendar para compreendê-las? 

No post "INSTALAÇÃO NA ARTE CONTEMPORÂNEA", mostraremos algumas obras contemporâneas e tentaremos devendar seus códigos para melhor compreendê-las.  


O VÍDEO DO PROFESSOR ROBERT FLORCZAK






domingo, 30 de julho de 2017

INSTALAÇÃO NA ARTE CONTEMPORÂNEA

A ideia de "Instalação" na Arte Contemporânea, data por volta da década de 1960, e designa um ambiente construído em espaços em uma Galeria ou Museu, onde a produção artística lança a obra no espaço, com o auxílio de materiais muito variados, na tentativa de construir um certo ambiente ou cena, cujo movimento é dado pela relação entre os objetos, construções, o ponto de vista e o corpo do observador. Para a apreensão da obra é preciso percorrê-la, passar entre suas dobras e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela constrói por meio da disposição das peças, cores e objetos. Se alguns trabalhos são nomeados expressamente pelos artistas e/ou críticos como instalações, outros, ainda que não recebam o rótulo, podem ser aproximados do gênero, como é o caso dessa obra de Adriana Varejão, "Testemunhas Oculares XYZ" que, embora não tenha todas as características de uma Instalação, pode ser considerada dentro dessa categoria, devido a algumas peculiaridades, como o rompimento das fronteiras entre pintura, escultura, fotografia, conceito e poética.

Vejamos a obra em detalhes

A Artista se auto retrata em três momentos.

 Como Chinesa, 

como Moura 

e como Indígena


Todas elas tem o olho extirpado, rasgando a tela para extrair o olho, abre uma ferida, revela a carne ao cegar e retirar a capacidade de testemunhar ocularmente.


Sobre uma superfície de vidro sustentada por uma estrutura de ferro encontra-se uma lente de aumento, sugerindo de imediato a ideia de cientificismo aplicado ao objeto que está ao seu lado. O conjunto se completa com o suporte de uma peça de cerâmica e prata: um porta-retratos, ou talvez "porta-joias" em formato de olho que se abre, aludindo à preciosidade do olhar, mas principalmente a riqueza de revelar o que vê.


Observem a riqueza de detalhes da obra, que possui, além do estudo historiográfico dos personagens, a pintura sobre tela, o serviço de ourivesaria do porta joias, a encenação dos atores para a fotografia, o detalhe da lente de aumento para poder apreciar o pequeno conteúdo fotográfico.

Depois de lido, peço para salvarem esta página nos celulares, para execução da atividade prática em classe.
A Atividade Prática se constituirá de um "Projeto de Instalação" feita em A4 ( papel sulfite comum), sobre o tema "ÁGUA", podendo ser desenvolvido para "DENUNCIAR" ou "APONTAR SOLUÇÕES.
A escolha dos materiais a serem utilizados no projeto fica a critério do aluno, podendo usar, inclusive, colagens, vídeos, iluminação. 


BIBLIOGRAFIA

VAREJÃO Adriana, MORAES Marcos - 1.ed.- São Paulo: Folha de São Paulo:Instituto Itaú Cultural, 2013.








sexta-feira, 21 de abril de 2017

REBELDIA EVOLUÍDA - PROTAGONISMO JUVENIL

Rebeldia Evoluída é o nome de um projeto amplo, cuja proposição inicial foi da aluna Luana Cristina da Silva, da escola Profº Wilson Camargo da cidade de Americana/SP, com apoio do corpo gestor e docente da escola, em parceria com vários atores sociais e que visou principalmente o protagonismo juvenil, dentro da escola.

A aluna manifestou à Diretoria da Escola o desejo de realizar um evento que privilegiasse o grafite. Sugeriu o nome, a partir do qual iniciou-se uma discussão durante vários encontros realizados, abordando aspectos filosóficos e sociais, questionando-se se o nome Rebeldia Evoluída não seria inadequado a um projeto a ser realizado numa escola. Após vários encontros e adequações ao projeto inicial da aluna, resolveu-se optar pelo mesmo, por unanimidade.
A partir de então os encontros, incluindo alguns artistas de fora da escola, ocorreram sempre com a mediação do então diretor Sr. Claudino Filho e da mediadora Profª Udy Brambila, com intervenções da professora de filosofia Prª Cleide Aparecida da Silva Quintal, sob a coordenação pedagógica da profª Marlene Ap. Marques Celestrino.
Depois de meses de preparação o evento foi realizado compondo a programação diversos eixos temáticos: O Grafite, a exposição de artes visuais dos alunos da profª Elizabete Pazeto, a exposição de literatura da profª Ilma, o Skate, as rimas, números de dança, a ginástica rítmica, o le parkour (esporte de deslocamento que visa a superação de obstáculos), capoeira, poesia, balé, comes e bebes (bolos, refrigerantes, salgadinhos e sucos naturais preparados pelos alunos).
Algumas fotos do evento:

                                          Um dos painéis de grafite, este executado pelo artista
                                          americanense Smania

Aqui o início da exposição Era uma vez..., dos alunos da professora Elizabete Pazeto, que foi dividida também em eixos temáticos, sendo este primeiro o da "Poéticas Pessoais", onde os alunos se expressaram visualmente com aquilo que se identificam, e complementaram a visualidade com uma frase poética.






 Aqui o eixo que deu nome à exposição "Era uma Vez...". Trata-se de uma Instalação onde os painéis têm estudos de obras de vários períodos da história da arte, e sob eles as linguagens convergentes de cada período, em miniaturas impressas em papel reciclado. Optou-se aqui as convergências dos mobiliários, meios de transportes, e moda de cada época.










Sob os dois últimos painéis não havia miniaturas, apenas espelhos, numa referência à contemporaneidade, que nos reflete.

Na sequência veremos o eixo com a temática "Mãos que fazem, corpos que dançam", que resultou de um trabalho de pesquisa junto ao IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde os alunos identificaram patrimônios culturais imateriais registrados no órgão, e construíram uma narrativa visual de patrimônios listados nos saberes ( mãos que fazem), e nas formas de expressão e celebrações ( corpos que dançam), resultando em trabalhos harmoniosos que privilegiam a livre expressão, as cores, numa busca criativa para encontrar as formas perfeitas de expressão.


E, finalmente o quarto eixo da exposição "Um Menino que queria ser artista", uma homenagem ao artista Português Nadir Afonso. A partir dos estudos dos diversos períodos da obra do artista, que transitou no modernismo, no surrealismo, no abstracionismo geométrico, nas formas fractais, organicistas e antropomórficas, os alunos criaram seus próprios trabalhos que se refletiram em outras formas, sem fugir dos períodos relacionados.
Como não conseguimos fotografar este eixo, seguem alguns trabalhos realizados.







Bem, como dissemos,  o evento reuniu diversas formas de expressão:

O Grafite

A Dança Contemporânea

O Balé

O Le Parkour

A Dança da Rua



Alunos em criação no recinto da festa


Alunos, gestores, artistas, comunidade, juntos num trabalho criativo e solidário.


 Que outros eventos como este venham a abrilhantar nossas escolas. Que este seja apenas o começo de um outro olhar para o espaço escolar, que as políticas se voltem para a necessidade de integrar a escola à vida...E, não precisa muito, apenas vontade.
Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar a todos que participaram do evento, tanto na criação dos trabalhos, das apresentações, como em sua gestão, em especial ao Sr. Claudino, ex diretor da escola que, mesmo afastado de suas atividades como diretor, acreditou no projeto e alinhavou-o em todas as suas vertentes, valorizando cada participante individualmente e em seu coletivo. Sem esta "coesão" o projeto jamais teria saído do papel. 







terça-feira, 18 de abril de 2017

SOBRE AS IMAGENS DA NAVBAR DESTE BLOG

Já fiz alguns gadgets de abertura para este blog, mas nenhum me agrada tanto como este e me trás recordações tão boas.
São os trabalhos realizados pelos meus alunos de artes do ano de 2015 da Escola Martinho Rubens Belluco, e que, alguns deles acabaram rendendo uma bela exposição que pôde ser apreciada na Diretoria de Ensino, na Casa de Cultura Hermann Muller e na Câmara Municipal de Americana.

À tempo quero aproveitar e dar os créditos individuais. Peço desculpas, caso esqueça alguém:
Bethânia Moaira Coleto, Giovanna Milena, Maria Eduarda Estech, Amanda Legramante, Mariana Rafael Rodrigues, Willian, Thiago Manoel, Leticia Ferreira, Elbert, Kleverson Carvalho, Jhonatan Batista, Leonardo Michael, Giovanni, Thayla Souza, Maycon Souza Ribeiro, Juliana Damascena, Caio Henrique, Mirelle Borges, Pedro.








A VISÃO DO FUTURO, SEGUNDO A MICROSOFT


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