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domingo, 4 de março de 2018

DIVERSIDADE CULTURAL - O MARACATU

Num país com uma territorialidade tão extensa como a nossa, a diversidade cultural é mais comum do que se pensa, e, por vezes, nos causam até estranhamentos.

O Maracatu  é uma destas manifestações, uma mistura das culturas ameríndias, africanas e europeias, concentrada mais  nos Estados do Nordeste, mas hoje tem alcance em quase todo o Brasil, África, Canadá, França, Alemanha, entre outros.
Recebemos estas fotos de uma Festa de Maracatu, realizada na cidade de Nazaré da Mata, Estado de Pernambuco, vistas sob a lente de um Italiano amigo nosso, que aqui esteve em 2012, Riccardo Iorio. A ele nossos agradecimentos por esta contribuição.
Hoje, tido como uma manifestação carnavalesca por estas comunidades, sua história remonta à escravidão, e a hipótese mais difundida é a de que teria surgido à partir das coroações e autos do Rei do Congo, prática implantada no Brasil supostamente pelos colonizadores portugueses e, por consequência, permitida pelos senhores de escravo.
Os eleitos como rainhas e reis do Congo eram lideranças políticas entre os cativos: intermediários entre o poder do Estado Colonial e as mulheres e homens de origem africana. Destas organizações teriam surgido muitas manifestações culturais populares que passaram a realizar encontros e rituais em torno dessas representações sociais, originando o Maracatu do Baque Virado, que também estabeleceu ao longo dos anos em diversos "agrupamentos" uma forte ligação com a religiosidade do Candomblé ou Xangô Pernambucano.
Estivemos pesquisando e constatamos que, apesar de fazer parte importante de nossa cultura, até aquele ano (2012) não se encontrava registrado no IPHAN, (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), como Patrimônio Cultural Imaterial.  Contudo, o devido registro foi feito em Dezembro de 2014 .
Para acompanhar as fotos tiradas por Ricardo Iorio, optamos por acompanhá-las de um trecho do livro Maxombas e Maracatu de Mario Sette, de 1948.
Vejam que, entre o texto e as fotos passaram-se 64 anos, mas parecem feitos do mesmo momento histórico.

Eram típicos no carnaval de antigamente. típicos, numerosos, importantes, suntuosos. No meio do vozerio da mascarada, dominando as marchas dos cordões, ouvia-se ainda longe o rumor constante, uniforme, monótono dos atabaques:
Bum...bum...bum...bum
Bum...bum...bum...bum

Era um maracatu. Havia os que gostavam dele e esperavam-no com curiosidade. Havia os que protestavam contra a revivescência africana e resmungavam.
Bum…bum…bum…bum… No fim da rua, por cima do povo, surgia o grande chapéu de Sol Vermelho, rodando, oscilando, curvando-se. 

E o batuque cada vez mais perto, mais perto. Dali a pouco desfilava o cortejo real dos negros

Vinha o rico estandarte com cores vivas e bordados a ouro. 


Traziam fetiches religiosos nas mãos

Depois o Rei e a Rainha, em trajes majestosos, debaixo da ampla umbela de seda encarnada com franjas douradas. Empunhavam os cetros, vestiam longos mantos, e tinham cabeças coroadas.

Na retaguarda do préstito, os atabaques, as marimbas, os congás, os pandeiros, as buzinas… As canções que todos entoavam eram ordinariamente nostálgicas, como uma ancestral saudade da terra de berço, ficada tão distante. Costumavam também cantar assim:
Bravos, Ioio! Maracatu Já chegou.
Bravos, Iaia! Maracatu vai passar.
Uma das mulheres empunhava uma grande boneca de pano toda engalanada de fitas, e repetia numa toada dolente:
A boneca é de seda…
A boneca é de seda… 


Os maracatus paravam em frente às casas dos protetores e ali dançavam durante alguns minutos. Antigamente licenciavam-se dezenas deles e apresentavam-se com verdadeiro luxo. Nas sedes havia demoradas festas, com danças e batuques, a que assistiam os soberanos sob um dossel de veludo.


Todos os negros da costa, tão comuns no Recife de ontem, aqueles mesmos que se reuniam , também, religiosamente, na Igreja do Rosário, lá se achavam para tomar parte no toques. O maracatu hoje escasseia e já não tem mais o esplendor de antes. Em menino eu tinha medo dos maracatus. 


Medo e como uma espécie de piedade intraduzível. Aqueles passos de dança, aqueles trajes esquisitos, aqueles cantos dolentes, me davam uma agonia…Eu me encolhia todo, juntando-me à saia de chita de minha mãe preta, com receio talvez de que os negros do maracatu a levassem também. E eu não sabia ainda ser o maracatu uma saudade…Hoje é que a compreendo, que a sinto, recordando os maracatus de minha infância e de minha terra, vendo os carnavais de outras cidades e de outra época… Parece-me perceber ainda o batuque longínquo, cada vez mais remoto, cada vez mais indeciso, quando, na alta noite da terça-feira, no silêncio e na tristeza do Carnaval acabado, o derradeiro maracatu se recolhia à sede…
Bum…bum…bum…bum…
Bum…bum…bum…bum…
E lá se ia, como se foi, o meu maracatu de menino…” 
  
                                                CRÉDITOS
Texto Extraído de: http://maracatu.org.br/o-maracatu/breve-historia/


Posts publicados originalmente em http://sabedoriapopular.blogs.sapo.pt/61307.html
e http://intercambiando.blogs.sapo.pt/74583.html estes da mesma autora deste blog.


Ricardo Iorio - autor das fotos.


Evolução da Bateria do Estrela Brilhante Carnaval de 2015


terça-feira, 1 de agosto de 2017

A ARTE CONTEMPORÂNEA É RUIM?

Com esta pergunta damos início à nossa caminhada nesta Escola.
Será uma caminhada em conjunto, onde todos os atores (Alunos e Professor) serão peças fundamentais e construtores do aprendizado. Vamos APRENDER A APRENDER.

Vamos construir um pensamento crítico e reflexivo, ao mesmo tempo que iremos nos aprofundando na Arte Contemporânea, ou seja: A Arte do Nosso Tempo.

Algumas vezes teremos que retornar nessa Linha do Tempo para poder compreender como conseguimos chegar até aqui, porque a arte não é algo "separado" da vida, do cotidiano, ela é a própria vida e o próprio cotidiano. Muito do que conhecemos hoje sobre a trajetória humana é graças aos registros da Arte. Num tempo em que não existia fotografia, nem sequer a escrita, como na Pré História, por exemplo, é justamente através da Arte Rupestre que temos alguns indícios do que ocorreu!

Por exemplo, neste vídeo que veremos em seguida, o Artista e Ilustrador Robert Florczak da Prager University, nos fala da Mona Lisa, que todos conhecem e sabem que é uma Obra espetacular de Leonardo Da Vinci, datado seu início de 1503. 

Olhando para esta obra, não é possível detectar algumas informações importantes da época? Estilo de vestimenta, estilo pictórico do artista, modo de se apresentar de uma dama renascentista.
Se fosse hoje, muito provavelmente a Mona Lisa poderia ser representada desta forma:


Apenas através destas duas imagens, já não é possível detectar algumas mudanças no pensamento e costumes humanos?

Bem, mas vamos seguir em frente! 
No vídeo nos são apresentadas obras emblemáticas da História da Arte ( que se confundem com, e são, a própria história da humanidade). Além da Mona Lisa ele nos fala da "Moça com Brinco de Pérola", uma obra de Johannes Wermeer, datada por volta de 1665.


E da Escultura de Michelangelo, datada de 1498 a 1499, a Pietá


O Professor compara estas e outras obras clássicas, com algumas criações contemporâneas como
a Santíssima Virgem Maria de  Chris Ofili


Onde a virgem Maria aparece retratada com uma feia aparência, envolta em fezes de elefante e genitais femininos em colagem, recortados de uma revista pornográfica. Esta obra causou muita polêmica em sua exposição num Museu do Brooklin, em Nova York - USA. Quem quiser ver maiores detalhes sobre a polêmica visite este blog

Robert Florckzack mostra também uma Escultura de Marcel Waldorf, um artista de 31 anos, que no ano de 2010 ganhou um premio de mil euros com a obra "PETRA", onde retrata um policial fazendo xixi.

Mas será que só de obras ruins é feita a Arte de Nosso Tempo? Estas obras apresentadas pelo Sr. Florczak, são mesmo ruins? Não estariam estas obras tentando nos mostrar alguma coisa? Quais códigos teremos que desvendar para compreendê-las? 

No post "INSTALAÇÃO NA ARTE CONTEMPORÂNEA", mostraremos algumas obras contemporâneas e tentaremos devendar seus códigos para melhor compreendê-las.  


O VÍDEO DO PROFESSOR ROBERT FLORCZAK






sexta-feira, 29 de julho de 2016

SABORES QUE ALIMENTAM MINHA ALMA

Este é o título de um projeto que adaptamos às aulas de arte, do projeto maior do Estado de São Paulo "Viver com Saúde".

Foi apresentado aos alunos uma leitura de um post do Intercambiando, onde se fala de experiências que envolvem o ato de "fazer os alimentos em família e seus desdobramentos afetivos". Em seguida foi proposto que pensassem em lembranças agradáveis com estas temáticas e construíssem um texto. A segunda etapa do projeto será fazer um prato, na cozinha da escola, e claro, come-lo. 

O que isso tem a ver com arte? A visão expandida da cultura, sentimentos, ancestralidades, identidades, trânsito por diversas áreas do conhecimento para construção humana.

Mas, o trabalho de uma aluna, Milena, do 9º Ano D da Escola Martinho Rubens Belluco, Americana/SP, que vem lá da Bahia, mexeu particularmente comigo, com meus sentimentos, pois também me vi retratada na mesma situação quando tinha a idade dela e também precisei sair de casa para estudar. Mas, vamos lá ao texto da Milena, que me autorizou a publicação:

"Uma coisa que me conforta são as comidas de minha mãe!... O sabor é diferente!... 
Mas, agora moro com minha tia e não posso sentir mais o gosto da comida da minha mãe. Sinto muita falta dela, dos abraços, dos conselhos, do boa noite! Sinto falta de tudo, de estar ali ao lado dela, mas, nas minhas férias, minha mãe veio me ver, então eu pude sentir o gosto da comida dela novamente. Senti o conforto dela ali do meu lado, preocupada comigo, me protegendo das coisas ruins.
A comida da minha mãe me deixa mais feliz, pois sinto o gosto como se eu estivesse em casa, sinto o conforto de que tem alguém que me ama e se importa comigo. Alguém que quer que eu seja alguém na vida! 
Ver minha mãe foi muito bom pois eu pude matar a saudade e sentir o gosto da comida dela novamente!"

Vejam quanta coisa envolvida num simples alimentar-se! A complexidade humana é o que nos diferencia dos animais que comem apenas para alimentar o corpo. Os humanos alimentam o corpo, a alma, os sentidos.
Porque o humano, desde os mais antigos objetos arqueológicos encontrados, colocavam arte em seus utensílios? Precisava pintar uma cena mitológica em um prato para a função a que se destinava?
Precisamos tomar um vinho numa taça? Beber um café numa xícara de porcelana?
Claro que não, apenas para satisfação dos sentidos nós precisamos disso! Apenas porque somos humanos, complexos, corpo, alma, que necessitam se envolver com outras esferas.

Obrigada a Milena por nos permitir a edição de seu emocionante trabalho!



                                         

terça-feira, 14 de julho de 2015

VISITANDO MUSEUS, PARQUES NACIONAIS E EXPOSIÇÕES

Excelente recurso didático que vai auxiliar muito aos professores de História e Artes e provocar nos alunos o interesse pelo nosso Patrimônio Cultural.
Trata-se do site Era Virtual, patrocinado pela Fundação Vale, que trás em 360º visitas a museus brasileiros, exposições temporárias e parques nacionais. É um trabalho que vem sendo construído desde 2008, por uma equipe multidisciplinar e visa a promoção do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Além de oportunizar as visitas virtuais, tem também um aplicativo para baixar em celulares e tablets, para facilitar e orientar às visitas presenciais.

Vamos, iniciar nosso "tour" por uma visita a uma exposição de Arte Africana, que foi uma exposição itinerante ocorrida durante o ano de 2013.

terça-feira, 28 de abril de 2015

ALUNOS INSPIRADORES

Para podermos dar conta dos compromissos com as notas do bimestre, uma vez que iniciamos nesta escola há tão poucos dias e não foram suficientes para a exploração dos conteúdos desta etapa, propusemos em cada sala um tema para ser expresso em imagens ou palavras, mas, neste caso, como estamos numa aula de artes, em linguagem de poema ou poesia.
Os resultados de todas as classes surpreenderam, e muito. Tanto que, como havíamos previsto, voltaremos no tempo para falar de Expressionismo e Surrealismo.
Alguns alunos expressaram-se nestas linguagens, que, segundo eles, ainda não conheciam, embora estes conteúdos já devessem fazer parte de seu currículo, pois a maioria está no terceiro ano do Ensino Médio.
Mas, vamos aos trabalhos que inspiraram estas aulas:
O tema proposto foi: "Cada minuto que passa é tudo que me resta a viver e eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito". É um trecho de um poema de um autor fictício chamado "Pedro Cassiano de Aguilar". 
Com uma obra com traços Surrealistas Leonardo Ferreira Boschi do 3º Médio B.


Mas o que é Surrealismo?

O surrealismo foi um movimento artístico e literário que surgiu por volta dos anos 1920 e procurava expressar a ausência de racionalidade humana e as manifestações do subconsciente. As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Segundo os surrealistas, a arte deve libertar-se das exigências da logica e da razão e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos, livre das opressões sociais. Este movimento inspirou-se muito na psicanálise de Freud, uma vez que são contemporâneos ( ou seja: do mesmo tempo). Teve como seus principais expoentes: Salvador Dali



JOAN MIRÓ



MAX ERNEST, entre outros



Continuando aos trabalhos do Alunos:

Com traços Expressionistas Elbert Lopes Polombino do 3ºMédio C



 e Willian do 3º E


Mas, o que é Expressionismo?

O expressionismo corresponde à "deformação" da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano dando primazia à expressão de sentimento em relação a simples descrição objetiva da realidade. O movimento começou a despontar com algumas obras de Vincent Van Gogh. Embora Van Gogh seja mais conhecido como um artista Pós Impressionista, os trabalhos do final de sua vida, influenciaram os Expressionistas. Veja na obra Noite Estrelada, como o movimento das pinceladas e o uso das cores transmitem um movimento, uma revolução interna do artista e da natureza.



   O Movimento revelava o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstancias históricas de determinado momento. Os expressionistas proclamavam que o único objetivo aceitável da arte era representar emoções e sentimentos, através da distorção das formas e do uso simbólico das cores. Não foi um movimento que se restringiu à pintura e escultura, mas que se ampliou pela literatura, teatro e cinema, e, até hoje é possível vê-lo em algumas obras de artistas contemporâneos. 
Não podemos nos esquecer que todos os movimentos artísticos não brotam do nada, mas fazem parte de um contexto histórico e social, e, no caso do expressionismo, o seu auge foi durante a Primeira Guerra Mundial, embora, como já dissemos já se prenunciava no final do século XIX. Segundo alguns teóricos é uma arte recorrente em momentos de crise.
Mas seu representante mais emblemático e conhecido é Edvard Munch com sua obra "O Grito" (1893).


Outro Artista que veio a influenciar o Expressionismo - James Ensor

Obra: "Esqueletos disputando um Arenque defumado" de 1891

Franz Marc o Artista dos animais

Vassily Kandisky com seu Expressionismo Abstrato, onde obtinha suas imagens aos sons de músicas



Paul Klee, um dos artistas mais influentes do século XX

Mas, como dissemos anteriormente, o nosso foco é a Arte Contemporânea, ou pós Pós Moderna, como dizem alguns críticos de arte e só voltamos ao expressionismo devido a alguns trabalhos apresentarem estas características e, também para mostrar um contraponto a trabalhos contemporâneos que remetem a ele, como é o caso desta obra que abre o blog, da artista Agnes Cécile, por exemplo:

E Esta outra obra da mesma artista

ou ainda algumas obras do Grafiteiro Ander Lemes, "o Alemão"

E esta outra


Agora, olhando bem para as obras do "Alemão", será que podemos classificá-la como uma obra contemporânea com características Expressionistas? Ou seria com características Surrealistas? 
O que pensam o alunos sobre essa obra?

Bem, mas voltemos aos trabalhos dos alunos novamente:

E duas obras com traços do Renascimento (sec. XV e XVI), que em meados do século XVIII até meados do século XIX voltou à tona, agora como Neoclassicismo, mas que, na verdade, ambos os movimentos eram inspirados na Arte Clássica dos Gregos (sec. V A.C.) - o trabalho de Thiago Manoel do 3º B.


 E de Larissa Lopes da Silva do 3º B



Bem, voltaremos à Antiguidade Clássica ou Arte Greco/Romana, Renascimento e Neoclassicismo em outro momento.




segunda-feira, 6 de abril de 2015

PROJETO DE INSTALAÇÃO EM SALA DE AULA


Para facilitar o entendimento da atividade disponibilizamos aqui um projeto de instalação com elementos muito simples e a valorização da Ideia.
O Tema era o Meio Ambiente. A Aluna criou uma poética para a obra antes de apresentá-la.

Nome da Obra: Harmonia e Caos

Poética da Obra:
"Na natureza reside a harmonia
O homem quer a harmonia, mas vilipendia a natureza
Maltrata os animais, maltrata a si mesmo
Em nome de sua estabilidade desestabiliza o sistema.
A Harmonia e o vazio
...O vazio do caos.
A inexistência de sentido
O Fim da Matéria.
A canção diz:
“Como ficam todos os sonhos que você disse que eram meus e seus”?
E você, nem eu sabemos responder
Fomos todos longe demais!
O tempo urge
Quem acionará os comandos?"

A Obra


UMA PORTA QUE SE ABRE



Ao abrir a porta existe um comando que deverá ser acionado e inicia-se um vídeo.
O vídeo utilizado para complementar a Obra:


Comentários sobre a atividade:


A obra é uma crítica ao nosso momento atual. Em todos os movimentos artísticos estudados vimos que o artista é influenciado pelo seu meio e pelo momento político, social e cultural em que ele se encontra. O que me afeta hoje? O que eu quero falar? O que eu quero gritar?
Contudo, foi usado uma mistura de linguagens que remetem ao conceitual e ao pop art, como os quadrinhos, que numa exposição poderiam se transformar em telas de LCD, ou pintura mesmo. Uma parte deles com imagens harmônicas da Natureza, a outra parte mostrando a sua destruição. A colagem da porta que se abre para mostrar que o tempo está passando. E também com a colagem do relógio, do botão de comando e o vídeo, que numa exposição deveria iniciar quando a porta fosse aberta. O vídeo faz parte integrante da obra.
Deixar a porta entreaberta para aguçar a curiosidade do interlocutor e, no momento em que ele abrir a porta apagam-se todas as luzes e inicia-se automaticamente o vídeo. Este vídeo foi escolhido, não só pelo seu conteúdo, mas pela emoção que ele transmite e pela interpretação de Michael Jackson que consegue transformar o medonho e hediondo em uma mensagem de alerta, em um grito de dor pelo planeta, pelos animais, pelo Humano.
Experiência muito interessante que nos obriga a pensar e a criar, a refletir sobre nossas vidas e os caminhos que estamos percorrendo e os destinos a que estamos nos submetendo.



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