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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

ÀS VEZES É PRECISO TEMPO!

O ano de 2017 foi um ano muito difícil para os professores que ainda não estavam efetivados no Estado de São Paulo!
Infelizmente o Sr. Governador Geraldo Alckmin não fez tudo que estava ao seu alcance para manter os parâmetros mínimos necessários. Fechou-se centenas de salas, aumentou-se o número de alunos por classe, voltou-se para as salas de aula professores que eram readaptados e que já desempenhavam outras funções, também igualmente imprescindíveis. Com isso, não havia aulas suficientes para os professores que estavam a menos tempo lecionando, e com isso foi necessário passar o ano todo apenas em substituição, que todo mundo sabe, não é uma tarefa fácil, pois os alunos não querem normalmente fazer as atividades de um professor que amanhã não estará mais ali.
Contudo, acabei substituindo uma professora na Escola Risoleta, na cidade de Americana, e conseguimos fazer um lindo trabalho. Os alunos ficaram empenhados pois entenderam as propostas que giravam em torno da obra de de Nadir Afonso, um artista plástico português que gosto de fazê-los conhecer, pois sua obra, além de muito interessante, propicia aos alunos um entendimento fácil de seus processos criativos e os estimulam a criar os próprios trabalhos. A outra temática foi Modernismo Brasileiro que também resultou em trabalhos interessantes e criativos.
O eixo de Nadir Afonso denominamos: Nadir Afonso, um menino que queria ser artista!
Fizemos um poster de abertura:



Como nas fotos da exposição os trabalhos ficavam distantes e não dava para apreciar os detalhes, colocamos aqui, apenas os agrupamentos.









A outra temática foi Modernismo Brasileiro que também resultou em trabalhos interessantes e criativos.
E no eixo do Modernismo Brasileiro também fizemos o poster de abertura, e um poema para complementar a abertura:

SOU MODERNO, SOU MODERNISTA, SOU CONTEMPORÂNEO

Dizem que meu pai é moderno
Nunca vi palavra mais démodé
Só porque ele anda de Skate!
...Os tombos ninguém vê

Dizem que Leonardo da Vinci
É moderno também
Mas, quem fez a Mona Lisa
...É moderno como ninguém

Estás me achando com cara de otário
E não caio nesta esparrela
Daqui a pouco vão dizer
Para que eu me case com Ela

Outro dia me disseram
 que  Modernismo é
  do século vinte
Mas, como pode ser moderno
O tal do Leonardo da Vinci?
Em 1452 ele nasceu
Agora, quem não entende mais nada sou Eu.

O eixo da exposição: Sou moderno, sou Modernista, sou Contemporâneo, foi a maneira que encontramos para provocar a reflexão aos alunos com relação a estas três palavras, que se confundem pela sonoridade (as duas primeiras) e pelo conteúdo.
A Idade Moderna, que teve início no ano de 1453 com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos foi um marco histórico da passagem da Idade Média, para a época dos descobrimentos, dos avanços científicos, da descoberta da imprensa por Gutemberg, entre outros avanços.
Já o Modernismo é um conjunto de movimentos culturais e artísticos que fez cair por terra os antigos cânones da arte greco-romana, implantando novas e diferentes formas de se olhar para o mundo. A máquina fotográfica já havia sido inventada e não se tinha mais a necessidade de se fazer obras realistas, pois a câmera o fazia. Além do que, os avanços na indústria propiciava outras formas de se viver.

Ser contemporâneo é ser do “mesmo tempo”. Tanto Rafael era contemporâneo de Leonardo da Vinci, como O Robinho é contemporâneo do Ronaldinho Gaúcho.


Parabéns a todos estes alunos que ali estavam em 2017 e que deram conta, em tão pouco tempo,  de tanto trabalho e com tanto talento.





terça-feira, 1 de agosto de 2017

A ARTE CONTEMPORÂNEA É RUIM?

Com esta pergunta damos início à nossa caminhada nesta Escola.
Será uma caminhada em conjunto, onde todos os atores (Alunos e Professor) serão peças fundamentais e construtores do aprendizado. Vamos APRENDER A APRENDER.

Vamos construir um pensamento crítico e reflexivo, ao mesmo tempo que iremos nos aprofundando na Arte Contemporânea, ou seja: A Arte do Nosso Tempo.

Algumas vezes teremos que retornar nessa Linha do Tempo para poder compreender como conseguimos chegar até aqui, porque a arte não é algo "separado" da vida, do cotidiano, ela é a própria vida e o próprio cotidiano. Muito do que conhecemos hoje sobre a trajetória humana é graças aos registros da Arte. Num tempo em que não existia fotografia, nem sequer a escrita, como na Pré História, por exemplo, é justamente através da Arte Rupestre que temos alguns indícios do que ocorreu!

Por exemplo, neste vídeo que veremos em seguida, o Artista e Ilustrador Robert Florczak da Prager University, nos fala da Mona Lisa, que todos conhecem e sabem que é uma Obra espetacular de Leonardo Da Vinci, datado seu início de 1503. 

Olhando para esta obra, não é possível detectar algumas informações importantes da época? Estilo de vestimenta, estilo pictórico do artista, modo de se apresentar de uma dama renascentista.
Se fosse hoje, muito provavelmente a Mona Lisa poderia ser representada desta forma:


Apenas através destas duas imagens, já não é possível detectar algumas mudanças no pensamento e costumes humanos?

Bem, mas vamos seguir em frente! 
No vídeo nos são apresentadas obras emblemáticas da História da Arte ( que se confundem com, e são, a própria história da humanidade). Além da Mona Lisa ele nos fala da "Moça com Brinco de Pérola", uma obra de Johannes Wermeer, datada por volta de 1665.


E da Escultura de Michelangelo, datada de 1498 a 1499, a Pietá


O Professor compara estas e outras obras clássicas, com algumas criações contemporâneas como
a Santíssima Virgem Maria de  Chris Ofili


Onde a virgem Maria aparece retratada com uma feia aparência, envolta em fezes de elefante e genitais femininos em colagem, recortados de uma revista pornográfica. Esta obra causou muita polêmica em sua exposição num Museu do Brooklin, em Nova York - USA. Quem quiser ver maiores detalhes sobre a polêmica visite este blog

Robert Florckzack mostra também uma Escultura de Marcel Waldorf, um artista de 31 anos, que no ano de 2010 ganhou um premio de mil euros com a obra "PETRA", onde retrata um policial fazendo xixi.

Mas será que só de obras ruins é feita a Arte de Nosso Tempo? Estas obras apresentadas pelo Sr. Florczak, são mesmo ruins? Não estariam estas obras tentando nos mostrar alguma coisa? Quais códigos teremos que desvendar para compreendê-las? 

No post "INSTALAÇÃO NA ARTE CONTEMPORÂNEA", mostraremos algumas obras contemporâneas e tentaremos devendar seus códigos para melhor compreendê-las.  


O VÍDEO DO PROFESSOR ROBERT FLORCZAK






domingo, 30 de julho de 2017

INSTALAÇÃO NA ARTE CONTEMPORÂNEA

A ideia de "Instalação" na Arte Contemporânea, data por volta da década de 1960, e designa um ambiente construído em espaços em uma Galeria ou Museu, onde a produção artística lança a obra no espaço, com o auxílio de materiais muito variados, na tentativa de construir um certo ambiente ou cena, cujo movimento é dado pela relação entre os objetos, construções, o ponto de vista e o corpo do observador. Para a apreensão da obra é preciso percorrê-la, passar entre suas dobras e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela constrói por meio da disposição das peças, cores e objetos. Se alguns trabalhos são nomeados expressamente pelos artistas e/ou críticos como instalações, outros, ainda que não recebam o rótulo, podem ser aproximados do gênero, como é o caso dessa obra de Adriana Varejão, "Testemunhas Oculares XYZ" que, embora não tenha todas as características de uma Instalação, pode ser considerada dentro dessa categoria, devido a algumas peculiaridades, como o rompimento das fronteiras entre pintura, escultura, fotografia, conceito e poética.

Vejamos a obra em detalhes

A Artista se auto retrata em três momentos.

 Como Chinesa, 

como Moura 

e como Indígena


Todas elas tem o olho extirpado, rasgando a tela para extrair o olho, abre uma ferida, revela a carne ao cegar e retirar a capacidade de testemunhar ocularmente.


Sobre uma superfície de vidro sustentada por uma estrutura de ferro encontra-se uma lente de aumento, sugerindo de imediato a ideia de cientificismo aplicado ao objeto que está ao seu lado. O conjunto se completa com o suporte de uma peça de cerâmica e prata: um porta-retratos, ou talvez "porta-joias" em formato de olho que se abre, aludindo à preciosidade do olhar, mas principalmente a riqueza de revelar o que vê.


Observem a riqueza de detalhes da obra, que possui, além do estudo historiográfico dos personagens, a pintura sobre tela, o serviço de ourivesaria do porta joias, a encenação dos atores para a fotografia, o detalhe da lente de aumento para poder apreciar o pequeno conteúdo fotográfico.

Depois de lido, peço para salvarem esta página nos celulares, para execução da atividade prática em classe.
A Atividade Prática se constituirá de um "Projeto de Instalação" feita em A4 ( papel sulfite comum), sobre o tema "ÁGUA", podendo ser desenvolvido para "DENUNCIAR" ou "APONTAR SOLUÇÕES.
A escolha dos materiais a serem utilizados no projeto fica a critério do aluno, podendo usar, inclusive, colagens, vídeos, iluminação. 


BIBLIOGRAFIA

VAREJÃO Adriana, MORAES Marcos - 1.ed.- São Paulo: Folha de São Paulo:Instituto Itaú Cultural, 2013.








terça-feira, 18 de abril de 2017

SOBRE AS IMAGENS DA NAVBAR DESTE BLOG

Já fiz alguns gadgets de abertura para este blog, mas nenhum me agrada tanto como este e me trás recordações tão boas.
São os trabalhos realizados pelos meus alunos de artes do ano de 2015 da Escola Martinho Rubens Belluco, e que, alguns deles acabaram rendendo uma bela exposição que pôde ser apreciada na Diretoria de Ensino, na Casa de Cultura Hermann Muller e na Câmara Municipal de Americana.

À tempo quero aproveitar e dar os créditos individuais. Peço desculpas, caso esqueça alguém:
Bethânia Moaira Coleto, Giovanna Milena, Maria Eduarda Estech, Amanda Legramante, Mariana Rafael Rodrigues, Willian, Thiago Manoel, Leticia Ferreira, Elbert, Kleverson Carvalho, Jhonatan Batista, Leonardo Michael, Giovanni, Thayla Souza, Maycon Souza Ribeiro, Juliana Damascena, Caio Henrique, Mirelle Borges, Pedro.








sexta-feira, 15 de abril de 2016

POEMA PARA MINHA MÃE

Como estamos fazendo uma interdisciplinaridade com Português, e estamos na semana das Mães, será pedido aos alunos que escrevam um poema às suas mães e o titulem.
Vou deixar registrado o meu, que fiz em 2013, num momento de grande emoção para mim, pois senti naquele dia que teríamos pouco tempo...
Tivemos, depois disso, mais um ano e oito meses... Tempo insuficiente para ter coragem de um abraço mais apertado, de se jogar de paraquedas, como diz a psicóloga... Apenas um grito de dor e de saudade, de palavras não ditas, sentimentos sufocados.

Neste dia específico, ao me despedir para voltar para Americana, olhei-a pelo retrovisor, e veio aquele soluço, depois lágrimas sem fim pelo resto do dia, e aquela sensação de perda... O poema foi uma premência naquele momento.

                                                 "QUANTO TEMPO NOS RESTA?"

Um Abraço,
um soluço
um transbordamento de emoções.
Lembranças de coisas vividas e não vividas
A irredutibilidade do tempo que transforma,
Que renova
Que leva embora.
Um Abraço de até logo ou de Adeus
Até nunca mais, quem sabe...
Os jardins que não serão mais os mesmos
O cachorro que corre atrás do carro, como para lembrar
Ser ele também parte da família...
Um Adeus...
Uma dor
Um amor que vai partir, a qualquer hora, quem sabe!
Uma saudade...





quarta-feira, 16 de março de 2016

DE QUE FALA A ARTE?

Toda forma de Arte é uma maneira do artista se expressar com o mundo. São diversas as linguagens que o artista pode usar para transmitir suaS ideias: Através da música, do teatro, da dança, da pintura, da escultura, da fotografia, do cinema, e até mesmo a arquitetura é hoje considerada uma linguagem da arte.

Em cada uma delas o artista tem infinitas maneiras de dar seu recado. Ele pode:
*Contar uma história
* Fazer uma reinterpretação da História
* Passar uma ideia
* Passar um conceito
* Protestar
* Quebrar Tabus
* Apontar Problemas
* Idealizar Soluções
* Exprimir Sentimentos
* Retratar Sonhos ou Alucinações
* Registrar o Inconsciente
* Diluir Formas
* Modificar Formas
* Criar Novas Formas
* Denunciar
* Escrachar
* Satirizar
* Falar de Amor, de ódio, da Vida Cotidiana, da Mitologia,
 * Ou simplesmente  proporcionar uma experiência estética.

E para que sua linguagem seja melhor assimilada e seu trabalho atinja seus objetivos é sempre bom utilizar alguns critérios em sua construção! Como:
1. Relação Forma/Conteúdo
2. Percepção Estética
3. Imaginação Criadora
4. Construção de Conceitos
5. Relação com a cultura do meio do Artista ( ou Aluno), ou outras culturas
6. Poética
7. Novidade ou outras formas de falar a mesma coisa
8. Fuga do Óbvio
9. Linguagem Simbólica
10. Domínio da Matéria ( Ou seja, técnica. Seja para uso das palavras, ou das tintas, ou de uma pedra para o escultor, ou das notas musicais para o músico).



quinta-feira, 7 de maio de 2015

AS ARTES E A DITADURA NO BRASIL

Temos batido na tecla de que é preciso "CONTEXTUALIZAR" o momento da produção das obras de arte, em todas as suas linguagens, para que possamos ter uma leitura mais apropriada delas.

Outro dia, entre outros textos com a temática "TEMPO", lemos a letra da música de Gilberto Gil "TEMPO REI". Os alunos tiveram dificuldade em entender seu sentido e interpretá-la. Alguns tiveram dificuldade até em encontrar um ritmo de leitura, onde fosse possível encontrar sua poética, pois é um texto aparentemente fragmentado. Mas se encontrarmos o ritmo de sua leitura e entendermos sua proposta, faz todo sentido:

Não me iludo
Tudo permanecerá
Do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...

Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...

Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano
De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baianos...

Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas
De repente ficam sujas...

Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo
Pode estar por um segundo...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo

Socorrei!...(2x)

Mas, se ainda tivermos dúvidas, se fizermos uma análise da situação política/cultural e social da época em que ela foi escrita, provavelmente fará mais sentido.
Tem um post excelente na EBC BRASIL que poderá nos mostrar muitos caminhos para essa interpretação.

Vamos ouvir a música. Escolhi esta publicação, pois o som é bem superior às gravadas anteriormente. Ela faz parte do CD "GILBERTO GIL UNPLUGGED ( OU ACÚSTICO).
E agora? Tudo não está fazendo sentido?

quarta-feira, 6 de maio de 2015

LITERATURA DE CORDEL, UMA FORMA DE ARTE!

Estamos trabalhando com os segundos anos a linguagem do teatro, cujo tema é "Eu tenho o Direito". Como até agora apenas uma equipe conseguiu concluir o trabalho e estamos percebendo que as outras estão com uma linguagem pouco inventiva sobre o assunto, e, uma das coisas que pautamos nesta disciplina é exatamente a criatividade, estamos postando aqui um vídeo muito interessante, onde o artista Maviael Mello, poeta e repentista, nos mostra como esse tema pode ser bem mais rico e pode FUGIR DO ÓBVIO, que é algo que temos batido muito nesta tecla.


Sobre qual direito Maviael nos fala neste vídeo? É possível construirmos um texto teatral que, assim como Maviael, nos mostra que temos um direito que não está sendo atendido?
Lembram quando postamos que, todas as linguagens da arte podem:
Contar uma história,
Fazer uma reinterpretação dela
Passar uma ideia ou um conceito
Protestar
Quebrar tabus
Apontar problemas
Idealizar soluções
Exprimir sentimentos
Retratar sonhos e alucinações
Registrar o inconsciente
Diluir formas
Modificar formas
Denunciar
Escrachar
Satirizar
Falar de amor, ódio, da vida Cotidiana, da Mitologia
Ou simplesmente proporcionar uma experiência estética, sem nenhuma outra pretensão.

Maviael usou a Literatura de cordel, o humor, a sátira, para denunciar, para escrachar, exprimir sentimentos, protestar, apontar problemas e nos dizer que nosso direito A UM BOM POLÍTICO não está sendo atendido.

Não é uma riqueza só?

Abaixo a forma visual da Literatura de Cordel. Este trabalho é do Aluno Eliabe Pereira de Souza do 3º Médio C.
Embora seja uma temática anteriormente trabalhada e não esta do "Eu tenho Direito", o aluno optou por fazê-la em quadrinhos.
Este trabalho tanto pode ser inserido como Histórias em Quadrinhos, como também pode ser inserido como a forma visual da Literatura de Cordel, que, na maioria das vezes vem acompanhada do poema ou da poesia, que depois é recitada em ritmo apropriado pelo repentista ou poeta.
Quando visitamos o Nordeste Brasileiro encontramos lá muitos souvenires com estas temáticas.

terça-feira, 28 de abril de 2015

ALUNOS INSPIRADORES

Para podermos dar conta dos compromissos com as notas do bimestre, uma vez que iniciamos nesta escola há tão poucos dias e não foram suficientes para a exploração dos conteúdos desta etapa, propusemos em cada sala um tema para ser expresso em imagens ou palavras, mas, neste caso, como estamos numa aula de artes, em linguagem de poema ou poesia.
Os resultados de todas as classes surpreenderam, e muito. Tanto que, como havíamos previsto, voltaremos no tempo para falar de Expressionismo e Surrealismo.
Alguns alunos expressaram-se nestas linguagens, que, segundo eles, ainda não conheciam, embora estes conteúdos já devessem fazer parte de seu currículo, pois a maioria está no terceiro ano do Ensino Médio.
Mas, vamos aos trabalhos que inspiraram estas aulas:
O tema proposto foi: "Cada minuto que passa é tudo que me resta a viver e eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito". É um trecho de um poema de um autor fictício chamado "Pedro Cassiano de Aguilar". 
Com uma obra com traços Surrealistas Leonardo Ferreira Boschi do 3º Médio B.


Mas o que é Surrealismo?

O surrealismo foi um movimento artístico e literário que surgiu por volta dos anos 1920 e procurava expressar a ausência de racionalidade humana e as manifestações do subconsciente. As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Segundo os surrealistas, a arte deve libertar-se das exigências da logica e da razão e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos, livre das opressões sociais. Este movimento inspirou-se muito na psicanálise de Freud, uma vez que são contemporâneos ( ou seja: do mesmo tempo). Teve como seus principais expoentes: Salvador Dali



JOAN MIRÓ



MAX ERNEST, entre outros



Continuando aos trabalhos do Alunos:

Com traços Expressionistas Elbert Lopes Polombino do 3ºMédio C



 e Willian do 3º E


Mas, o que é Expressionismo?

O expressionismo corresponde à "deformação" da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano dando primazia à expressão de sentimento em relação a simples descrição objetiva da realidade. O movimento começou a despontar com algumas obras de Vincent Van Gogh. Embora Van Gogh seja mais conhecido como um artista Pós Impressionista, os trabalhos do final de sua vida, influenciaram os Expressionistas. Veja na obra Noite Estrelada, como o movimento das pinceladas e o uso das cores transmitem um movimento, uma revolução interna do artista e da natureza.



   O Movimento revelava o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstancias históricas de determinado momento. Os expressionistas proclamavam que o único objetivo aceitável da arte era representar emoções e sentimentos, através da distorção das formas e do uso simbólico das cores. Não foi um movimento que se restringiu à pintura e escultura, mas que se ampliou pela literatura, teatro e cinema, e, até hoje é possível vê-lo em algumas obras de artistas contemporâneos. 
Não podemos nos esquecer que todos os movimentos artísticos não brotam do nada, mas fazem parte de um contexto histórico e social, e, no caso do expressionismo, o seu auge foi durante a Primeira Guerra Mundial, embora, como já dissemos já se prenunciava no final do século XIX. Segundo alguns teóricos é uma arte recorrente em momentos de crise.
Mas seu representante mais emblemático e conhecido é Edvard Munch com sua obra "O Grito" (1893).


Outro Artista que veio a influenciar o Expressionismo - James Ensor

Obra: "Esqueletos disputando um Arenque defumado" de 1891

Franz Marc o Artista dos animais

Vassily Kandisky com seu Expressionismo Abstrato, onde obtinha suas imagens aos sons de músicas



Paul Klee, um dos artistas mais influentes do século XX

Mas, como dissemos anteriormente, o nosso foco é a Arte Contemporânea, ou pós Pós Moderna, como dizem alguns críticos de arte e só voltamos ao expressionismo devido a alguns trabalhos apresentarem estas características e, também para mostrar um contraponto a trabalhos contemporâneos que remetem a ele, como é o caso desta obra que abre o blog, da artista Agnes Cécile, por exemplo:

E Esta outra obra da mesma artista

ou ainda algumas obras do Grafiteiro Ander Lemes, "o Alemão"

E esta outra


Agora, olhando bem para as obras do "Alemão", será que podemos classificá-la como uma obra contemporânea com características Expressionistas? Ou seria com características Surrealistas? 
O que pensam o alunos sobre essa obra?

Bem, mas voltemos aos trabalhos dos alunos novamente:

E duas obras com traços do Renascimento (sec. XV e XVI), que em meados do século XVIII até meados do século XIX voltou à tona, agora como Neoclassicismo, mas que, na verdade, ambos os movimentos eram inspirados na Arte Clássica dos Gregos (sec. V A.C.) - o trabalho de Thiago Manoel do 3º B.


 E de Larissa Lopes da Silva do 3º B



Bem, voltaremos à Antiguidade Clássica ou Arte Greco/Romana, Renascimento e Neoclassicismo em outro momento.




segunda-feira, 27 de abril de 2015

CRITÉRIOS PARA CONSTRUÇÃO DE TRABALHOS EM ARTES

Embora eu já tenha passado e comentado estes critérios em classe, vou deixá-los registrados aqui, pois podem ser úteis para todos os trabalhos que faremos daqui para a frente. Não apenas para a construção do trabalho, mas serão os mesmos critérios utilizados para atribuição de notas. Mas, se olharem atentamente para cada item, chegarão à conclusão que estes critérios podem ser aplicados em muitos outros trabalhos, como criação de textos, propaganda, vídeos.

1. Relação Forma/Conteúdo
2. Percepção Estética
3. Imaginação Criadora
4. Construção de Conceitos
5. Relação com a cultura do meio do Artista ( ou Aluno), ou outras culturas
6. Poética
7. Novidade ou outras formas de falar a mesma coisa
8. Fuga do Óbvio
9. Linguagem Simbólica
10. Domínio da Matéria ( Ou seja, técnica. Seja para uso das palavras, ou das tintas, ou de uma pedra para o escultor, ou das notas musicais para o músico).

Em seguida um vídeo inspirador para os terceiros anos que estão com esse desafio, onde, se analisarem com cuidado perceberão que atende a todos estes quesitos, principalmente a poética, a linguagem simbólica, a relação com a cultura ocidental. Pode ser que para os orientais não tenha o mesmo sentido, embora estejamos vivendo num mundo globalizado.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

POÉTICA E INSPIRAÇÃO EM FOTOGRAFIA

Foi pedido ao pessoal dos primeiros anos do médio que fotografassem em seu Bairro ( Praia Azul/Americana) tudo que achassem significativo. Mas, que procurassem fotografar não apenas o que os olhos veem, mas lançar um olhar à poética de cada local, de cada fragmento, de cada objeto.
Para inspirá-los na tarefa apresento-lhes o trabalho da família Zuppani ( pai e 2 filhos) que têm encantado àqueles que têm a oportunidade de conhecer os trabalhos. O pai é arquiteto, paisagista e fotógrafo profissional e passou aos filhos o gosto pela arte da fotografia. Já viajaram o Brasil todo fotografando todo o nosso biossistema, nosso povo, nosso patrimônio cultural material e imaterial, de forma inusitada e poética. Tive a felicidade de conhecer a família e ter aulas de paisagismo com o pai e de ir a uma exposição deles em Santos.


Lembram do que lhes falei, que muitas vezes o título da obra, ou alguma coisa escrita pode complementar a poética ou o conceito daquilo que se deseja expressar?
 Este trabalho é do .

Outra foto do  mostrando o reflexo da torre da Igreja nos Azulejos. Infelizmente na ocasião não registrei o local da foto. Vamos aguardar, quem sabe eles aparecem por aqui para nos dar uma "palinha".

Outra foto do Zé à qual intitulou "Como um Rastro de Tinta Azul". Observem que trata-se de reflexos nos vidros de alguns carros. Lembram do que foi falado sobre a "Novidade ou outras formas de se falar a mesma coisa"?

Esta foto é do pai DU e se chama "ANOITECER EM MAUÉS (AM)"

"Momento Gastronômico Mata Atlântica" - também do Du Zuppani.


Este é Palê Zuppani e, apenas agora, colhendo material para este post é que eu soube da "passagem" de Palê, que se encontrava com Leucemia desde 2010. Meu coração se enche de tristeza e envio todo meu carinho à família.
Nada mais a dizer.




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